Gravado no dia 17 de julho de 2017, o show “Uma tarde para Dolores Duran e família” reuniu no grande palco do o Imperator, no Méier, Zona Norte carioca, um super elenco de 20 intérpretes e seis músicos convidados. Idealizado, roteirizado e apresentado por mim, este espetáculo foi criado no intuito de angariar fundos para sua filha (adotiva) única, Maria Fernanda. O resultado não poderia ter sido melhor, apresentando tanto as grandes composições imortais de Dolores, quanto números nacionais e estrangeiros de seu repertório de grande cantora da noite que foi, entre 1949 e 59, quando faleceu aos 29 anos.
Aberto pela grande cantora da noite carioca, a veterana Áurea Martins, o show trouxe ainda cantoras da Era do Rádio (Dóris Monteiro, Lana Bittencourt, Ellen de Lima, Luciene Franco), o rei do sambalanço (João Roberto Kelly), a embaixatriz da bossa nova Leny Andrade (acompanhada do pianista Gilson Peranzzetta), familiares (Denise Duran e Izzy Gordon, respectivamente, irmã e sobrinha de Dolores), artistas da nova geração (Chico Chico, filho de Càssia Eller, Júlio Estrela e Ana Costa), atores-cantores (Gottsha, Cláudio Lins, Soraya Ravenle e as eternas Frenéticas Dhu Moraes e Sandra Pêra), além das presenças especialíssimas de Zezé Motta e Ney Matogrosso. Finalmente houve depoimentos de Eloá Dias (uma das melhores amigas de Dolores) e Maria Fernanda (filha da artista, a quem este show beneficente foi dedicado).
Com direção musical e arranjos do tecladista Heberth Souza, e arranjos adicionais do violonista Gabriel Gonzaga, e contou ainda com os músicos Evelyne Garcia (teclados/ acordeon), Rodrigo Serra (bateria), Tássio Ramos (baixo) e Dudu Oliveira (sax tenor/ flauta), e a participação de Mirabeaux (guitarra).
O show foi registrado em vídeo e exibido na íntegra em 21 partes no canal l comemorando os dois anos do programa “MPB com tudo dentro”.Ney Matogrosso, Dóris Monteiro, Dhu Moraes (Frenéticas), Zezé Motta, Sandra Pêra (Frenéticas) e Lana Bittencourt
No repertório, clássicos autorais de Dolores Duran, como “A noite do meu bem”, “Castigo”, “Solidão”, “Fim de caso”, “Não me culpe”, “Leva-me contigo”, parcerias com J. Ribamar (“Pela rua”, “Ternura antiga”, “O que é que eu faço”), outras menos conhecidas, como “Minha toada” (dela com Edson França) e “Ideias erradas” (outra dela com Ribamar), parcerias com Tom Jobim (“Estrada do sol”, “Se é por falta de adeus, “Por causa de você”) e também canções que ela imortalizou como intérprete, como o samba-canção “Manias” (Celso e Flávio Cavalcanti), a toada “Na asa do vento” (João do Vale/ Luiz Vieira), os standards americanos “My funny Valentine” e “Over the rainbow”, a rumba cubana “Ave Maria Lola” e ainda sambalanços do ex-namorado Billy Blanco (“Estatuto de boite” e “A banca do distinto”) e finalmente “Boato”, única que não gravou, pois não teve tempo. É de 1960, um ano após seu falecimento. Porém se viva fosse, certamente gravaria. Foi incluída para homenagear seu autor, João Roberto Kelly, um dos estilizadores do gênero sambalanço, presente no show.
(fotos: Marcelo Castello Branco)
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Ana Costa, Áurea Martins, Chico Chico, Cláudio Lins, Denise Duran, Dhu Moraes, Doris Monteiro, Ellen de Lima, Frenéticas, Gilson Peranzzetta, Gottsha, Izzy Gordon, Júlio Estrela, Lana Bittencourt, Leny Andrade, Luciene Franco, Ney Matogrosso, Sandra Pêra, Soraya Ravenle, Zezé Motta