Vanusa (1973) (Warner Music, 2006)
Surgida em 1967, em plena era da Jovem Guarda, Vanusa se lançou ao sucesso cantando roquinhos e baladas bem ao sabor daquela época. Chegou a participar de um festival da canção com êxito e, em plena fase da liberação comportamental e sexual, se juntou com o cantor Antonio Marcos, sem passar pela porta da igreja, numa época em que isso era um tabu dos maiores, e de quebra, a seu lado, participou de uma montagem nacional do musical Hair. Já estava consagrada quando, em 73, trocou a RCA pela Continental, ainda munida de um repertório mais para o pop que para a MPB tradicional. Sempre muito audaciosa, lutou contra o machismo vigente na produção e conseguiu que aceitassem no disco uma de suas mais bonitas letras (com música de Mário Campanha): Manhãs de setembro, que para a surpresa de todos, mas não dela, foi seu maior sucesso vida afora. Esta música já ensaiava uma virada de mesa feminista que ficaria mais pungente em seus sucessos futuros. Pois a garra, a força e a afinação de Vanusa nesta e nas outras faixas se juntaram aos arranjos de Portinho, Elcio Alvarez, Chiquinho de Moraes e dos novatos Zé Rodrix e Lincoln Olivetti, produzindo um LP marcante em sua carreira que os fãs jamais se esqueceram. Rodrigo Faour
1. Manhãs de setembro
2. Você não morreu
3. O mago de Pornois
4. Quebra-cabeça
5. Neste mesmo lugar
6. What to do
7. Estou fazendo hora
8. Coisas pequenas
9. Quero você
10. Retrato na parede
11. Mercado modelo
12. Entre cinzas