Jornalista, pesquisador, escritor e produtor musical

Caixa “Metamorfoses” completa a discografia de Ney Matogrosso

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Acaba de chegar às lojas a caixa Metamorfoses, que produzi para a Universal Music. Se a caixa anterior, Camaleão, trazia 16 discos de carreira solo de Ney Matogrosso, do primeiro, “Água do céu – pássaro” (1975) até “À flor da pele” (de 1991), nesta “Metamorfoses” o trabalho foi completado, indo de “As aparências enganam” (1993) até “Beijo bandido” (2009). Se na primeira predominava um tom mais explosivo, over e abusado, nesta, acompanhando a evolução de costumes no país, ele não deixou de ser ousado, mas não havia mais necessidade de ser às vezes tão agressivo e de exagerar na ambiguidade sexual. Sendo assim, se permitiu realizar trabalhos mais intimistas, tributos diversos e até uma parceria com Pedro Luís e A Parede.  São 14 CDs de carreira, 1 coletânea dupla com algumas gravações inéditas (escolhidas por Ney, em 2006, intitulada “Vinte e cinco”) e 1 belíssimo CD duplo de raridades que traz o mesmo nome do box, com faixas escolhidas por mim e pelo próprio cantor – algumas já eram para ter saído na anterior, mas não havíamos conseguido as autorizações. A Universal Music fez história ao lançar esta segunda caixa, por recolocar no mercado a íntegra da obra de um artista excepcional, do quilate de Ney Matogrosso.