Depois da fase de boates e pequenos teatros, Bethânia partiu para espetáculos mais ambiciosos e platéias maiores. Rosa dos Ventos (1971), que originou este disco, selava definitivamente a feliz parceria da cantora com o diretor Fauzi Arap, num estilo de espetáculo bem teatral, entremeando textos e canções populares de várias épocas e estilos.
Em seu primeiro álbum solo de estúdio na Philips, Maria Bethânia reafirmava sua paixão pelos sambas-canções doloridos dos anos dourados, regravando Ary Barroso (Folha morta), Antonio Maria (Se eu morresse amanhã de manhã) e Dolores Duran (Olhe o tempo passando).
Aos quatro anos de carreira no eixo Rio-São Paulo, Bethânia estava totalmente integrada ao espírito musical dessas cidades, onde a noite fervilhava com nossos melhores artistas atuando, cada qual numa boate mais aconchegante. Por isso, apesar de ter sido gravado em estúdio, o clima deste seu terceiro disco solo é totalmente “boate”.
Aos 22 anos, Bethânia chegava a este seu segundo disco solo já fiel à idéia de gravar apenas o que quisesse, sem amarras a estilos musicais.
Este foi o segundo álbum de estúdio de Maria Bethânia, que o gravou no alternativo selo Elenco em 1967, convidada pelo também principiante Edu Lobo, o qual mostrava suas belas canções em parceria com vários poetas de primeira linha, como José Carlos Capinan, Torquato Neto, Vinicius de Moraes e Gianfrancesco Guarnieri.