Chico Buarque & Maria Bethânia – Ao Vivo (Coleção Maria Bethânia 60 Anos)
Para comemorar seus 10 anos de carreira, Maria Bethânia realizou um antológico show com o amigo Chico Buarque, de quem já era tida como uma de suas principais intérpretes.
Para comemorar seus 10 anos de carreira, Maria Bethânia realizou um antológico show com o amigo Chico Buarque, de quem já era tida como uma de suas principais intérpretes.
Em 1974, Maria Bethânia voltou a trabalhar com Fauzi Arap, que concebeu um complexo, intenso e ousado espetáculo, a começar pela ambigüidade do próprio título, A cena muda, refletindo que neste show a cantora não recitaria textos, pois era uma época que não se podia “falar” – de terrível censura.
O álbum Drama de estúdio serviu de base para o repertório do espetáculo Drama/Luz da Noite (1973) com o qual Bethânia ficou vários meses em cartaz no Teatro da Praia (RJ), dirigido por Isabel Câmara e Antonio Bivar.
Um dos marcos na discografia de Maria Bethânia, este Drama (1972) – que significa “ação” em grego e designa logo de cara sua verve teatral – já começava com um Ponto contra o autoritarismo da ditadura: “Sou eu que me deito tarde/ Sou eu que levanto cedo/ Sou eu que realço tudo/ Sou eu que não tenho medo”.
Depois da fase de boates e pequenos teatros, Bethânia partiu para espetáculos mais ambiciosos e platéias maiores. Rosa dos Ventos (1971), que originou este disco, selava definitivamente a feliz parceria da cantora com o diretor Fauzi Arap, num estilo de espetáculo bem teatral, entremeando textos e canções populares de várias épocas e estilos.